Pela relevância que a linguagem assume na constituição dos sujeitos e no expressivo papel que a literatura pode desempenhar na escola por ser uma linguagem viva, dinâmica e mobilizadora de saberes e de sujeitos. A literatura como uma forma de arte feita com palavras é, sem dúvida, uma opção privilegiada pelas características peculiares que possui e que falam diretamente ao ser ou fazer-se humano. Enquanto patrimônio cultural ela é assimilada e transformada por nuances pessoais, pela vontade de pensar e pelo desejo de conhecer e criar que são inerentes aos sujeitos. Penso que a literatura deve estar presente desde os primeiros momentos da vida (escolar) da criança e tenho percebido que os textos literários não esgotam facilmente as possibilidades de interpretação e o seu exercício coloca em suspensão o mundo do leitor (e do ouvinte no caso das crianças que ainda não sabem ler) para transportá-los para um outro mundo no qual elas podem reconhecer os limites do próprio universo e (re)construir pontos de vistas, valores e padrões de comportamentos por identificação ou por contraste, mas principalmente “alcançar formas de prazer intraduzíveis ou difíceis de traduzir por meios lingüísticos”[1]. Além disso, a leitura e a narração de poesias na sala de aula (ou fora dela) compõem/ampliam o acervo pessoal da criança e ela começa gradativamente a aprimorar seu critério de escolhas.
Existem ainda [muitos] outros motivos, quero continuar a minha busca...
[1] BRANCO, Antonio. Da “leitura literária à leitura escolar de/da literatura”: poder e participação. In: PAIVA, Aparecida, et al (Orgs.) Literaturas literárias: discursos transitivos. Belo Horizonte: Ceale, Autêntica, 2005. p.103.
terça-feira, 16 de junho de 2009
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